Levantamento e Diagnóstico de Indicadores de Qualidade do Solo.

Nome: LUIZ FELIPE MESQUITA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/07/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FELIPE VAZ ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDUARDO DE SÁ MENDONÇA Examinador Interno
FELIPE VAZ ANDRADE Orientador
RENATO RIBEIRO PASSOS Examinador Interno

Resumo: Atualmente, a preocupação com o aumento do consumo de energia e recursos naturais associado ao crescimento populacional descontrolado tem sido discutida por grande parte da comunidade científica, sendo esta, a principal responsável por quantificar os impactos e desenvolver métodos que venham mitigar os efeitos nocivos ao planeta. Esse aumento da população humana apresenta sérias ameaças ao equilíbrio dos ecossistemas terrestres, sendo que esse equilíbrio é fundamental para garantir a continuidade do desenvolvimento.
A produção de alimentos em todo o mundo tem sido beneficiada pelos avanços tecnológicos alcançados pelo homem. As práticas agrícolas são, em grande parte, responsáveis pela substituição da vegetação natural por monoculturas e sistemas que reduzem a diversidade do ambiente. Ao longo dos anos, a visão reducionista dos processos que ocorrem nos diferentes componentes dos agroecossistemas tem sido responsável pela degradação de áreas anteriormente agricultáveis. Dentre esses componentes, o solo representa uma grande fonte de energia para os agroecossistemas, apresentando alto potencial de degradação quando mal manejados.
O solo está ligado intimamente qualidade do ambiente em que se situa, pois é onde processos físicos, químicos e biológicos interagem para equilibrar os fluxos de energia necessários para a manutenção da vida. A qualidade do solo, por sua vez, será o resultado da interação de inúmeros fatores presentes no ecossistema, e com a variação desses, esperar-se-a variação no equilíbrio dos diversos processos que ocorrem no solo.
Um manejo sadio é aquele que estimula o desenvolvimento continuo dos organismos do solo. Para isso, é importante que sejam plantadas diversas espécies vegetais adaptadas que servirão para cobrir o solo, protegendo-o do sol intenso e da força das gotas de chuvas, e que possuam sistemas radiculares que irão explorar volumes diferentes do solo. Junto com as raízes dessas plantas se desenvolverão microrganismos, como os fungos micorrízicos, que as ajudarão a aumentar o volume de solo explorado em busca do fósforo e outros nutrientes. Trabalhando juntos, plantas e organismos do solo absorvem quantidades grandes e diversificadas de nutrientes. Quando morrem, ou derrubam folhas e frutos, devolvem esses nutrientes principalmente nos primeiros 20 centímetros, possibilitando uma nutrição equilibrada para as plantas cultivadas.
Assim, para entendermos o sistema solo é necessário compreender as diferentes modificações ocorridas ao longo do processo pedogenético. Essas modificações ocorrem por meio do intemperismo na transformação do material de origem com a influência do ambiente, ao longo do tempo. Isso imprime determinadas feições aos solos, permitindo o enquadramento em um sistema de classificação taxonômica e a previsão do seu comportamento em relação a determinado tipo de uso e manejo.
A cafeicultura é a principal mola propulsora do desenvolvimento socioeconômico em algumas regiões Capixabas. O Estado do Espírito Santo tem, ao longo dos anos, consolidado a posição de segundo produtor brasileiro de café (Coffea arabica + Coffea canephora), sendo o primeiro de café Conilon (C. canephora), sendo esta atividade uma das melhores opções econômicas e sociais para milhares de pequenos produtores.
Dentre as 82.587 propriedades rurais do Estado do Espírito Santo, o café é cultivado em 64,4% delas, existindo no Estado mais de 550 mil pessoas que dependem diretamente do café como meio de vida (Matiello, 1995; Silva & Costa, 1995). No Estado, a maioria das lavouras encontra-se em propriedades de agricultura familiar, com baixa aplicação de insumos agrícolas e práticas de manejo de menor sustentabilidade agrícola que, adicionalmente, são estabelecidas em regiões de maior declividade (Matiello, 1995). Dois terços do território capixaba apresentam relevo acidentado, condições propícias à degradação quando as atividades agrícolas não contam com um adequado sistema de conservação e manejo de solo e água. Nesta região, especialmente a Sul de baixa altitude, o risco potencial a degradação é grande.

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